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Receita Federal Receberá Dados de Pix e Cartões de Crédito em 2025

Receita Federal Receberá Dados de Pix e Cartões de Crédito em 2025
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A partir de janeiro de 2025, a Receita Federal irá intensificar o monitoramento de transações financeiras no Brasil. Essa novidade afeta não apenas as instituições financeiras tradicionais, mas também as operadoras de cartões de crédito e plataformas de pagamento, como as que realizam transferências via Pix. Com base na Instrução Normativa 2.219 de 2024, todos esses dados serão enviados semestralmente à Receita.

Se você realiza transações frequentes ou de valores relevantes, é importante entender como essa regra pode impactar você e quais informações serão compartilhadas com o governo. Vamos explorar os detalhes dessa mudança e o que ela significa para contribuintes e empresas.

O Que Mudou na Regulação?

Até então, a obrigação de enviar informações financeiras à Receita Federal estava restrita a bancos e cooperativas de crédito. Contudo, com a nova norma, operadoras de cartões de crédito e instituições de pagamento também passam a ser incluídas na lista de entidades obrigadas a compartilhar dados.

Novas Instituições Envolvidas

Agora, além dos bancos, as seguintes categorias de empresas precisarão reportar informações:

  • Operadoras de cartões de crédito;
  • Plataformas de pagamento (como carteiras digitais);
  • Bancos digitais;
  • Varejistas de grande porte, como redes de eletrodomésticos e supermercados.

Essas entidades passarão a monitorar transações de contas pós-pagas e contas em moeda eletrônica, além de pagamentos via Pix e movimentações financeiras superiores a determinados valores.

Valores Limites para Envio de Dados

A obrigatoriedade de informar transações é aplicada apenas a valores que excedam:

  • R$ 5 mil por mês para pessoas físicas;
  • R$ 15 mil por mês para pessoas jurídicas.

Esses limites garantem que apenas movimentações relevantes sejam reportadas, reduzindo o risco de monitoramento excessivo de pequenas transações.

Como Será o Envio das Informações?

As entidades deverão utilizar o sistema e-Financeira, que faz parte do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Esse sistema é responsável por consolidar e organizar todas as informações enviadas pelas empresas para fiscalização.

Prazos para Envio

O envio será realizado semestralmente, seguindo o seguinte cronograma:

  • Até o último dia útil de agosto: informações referentes ao primeiro semestre do ano.
  • Até o último dia útil de fevereiro: informações referentes ao segundo semestre do ano anterior.

Com isso, as transações realizadas em 2025 serão enviadas em agosto e fevereiro, dando à Receita Federal uma visão detalhada das movimentações financeiras no país.

Objetivos da Nova Medida

Segundo a Receita Federal, a norma visa melhorar a fiscalização tributária e aumentar a transparência nas operações financeiras. Essas medidas também estão alinhadas aos compromissos internacionais do Brasil, contribuindo para:

  • Combater a evasão fiscal;
  • Promover a transparência global;
  • Fortalecer a segurança financeira.

O Que É a e-Financeira?

A e-Financeira é uma ferramenta eletrônica que coleta e organiza dados financeiros dos contribuintes. Dentre as informações armazenadas estão:

  • Dados cadastrais;
  • Abertura e fechamento de contas;
  • Operações financeiras;
  • Investimentos e previdência privada.

Essa centralização permite que a Receita Federal realize cruzamentos de dados para identificar possíveis inconsistências fiscais.

Impactos para Pessoas Físicas e Jurídicas

Para Pessoas Físicas

Se você costuma realizar pagamentos via Pix ou utiliza cartões de crédito frequentemente, é essencial estar atento às suas obrigações fiscais. Certifique-se de que todas as suas transações estejam devidamente declaradas no imposto de renda.

Lembre-se de que a Receita Federal terá acesso a:

  • Valores pagos em cartões de crédito;
  • Transferências via aplicativos de pagamento;
  • Demais movimentações acima do limite mensal de R$ 5 mil.

Para Empresas

As empresas também precisam ajustar seus processos de contabilidade para evitar problemas com a Receita. Isso inclui:

  • Revisar todas as movimentações financeiras;
  • Garantir que os relatórios contábeis estejam alinhados com as novas exigências;
  • Identificar possíveis inconsistências antes do envio semestral.

Empresas que ultrapassarem o limite mensal de R$ 15 mil devem ficar especialmente atentas.

Benefícios e Críticas

Embora a nova norma traga maior transparência para as operações financeiras, também levanta questionamentos sobre privacidade e segurança de dados. A seguir, vamos explorar os dois lados da moeda.

Benefícios

  • Maior controle sobre evasão fiscal;
  • Alinhamento do Brasil aos padrões internacionais;
  • Redução de fraudes financeiras e lavagem de dinheiro.

Críticas

  • Possíveis riscos à privacidade dos dados financeiros;
  • Custo operacional adicional para as empresas obrigadas a reportar;
  • Percepção de monitoramento excessivo por parte dos contribuintes.

O Que Esperar para o Futuro?

Com a expansão das obrigações fiscais para novas categorias de instituições, é provável que outras iniciativas semelhantes sejam implementadas nos próximos anos. Isso reflete um movimento global para aumentar a transparência e combater a sonegação fiscal.

Como contribuinte, o melhor caminho é manter suas declarações fiscais atualizadas e contar com suporte especializado, caso necessário. Dessa forma, você evita problemas futuros e garante sua conformidade com as regras.

Fonte: Agência Brasil

Leia também: Como Aumentar o Limite do Cartão de Crédito Sendo Negativado

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